Padre Fabio de Melo ensina como esquecer um amor! Leia esta reflexão inspirada para te mostrar como superar o fim de um relacionamento…
“Incentivado(a) por pessoas que estão ao seu lado a romper, aí é terrível no dia que você rompe.
O sofrimento é cruel dentro de você quando você não sabe como esquecer um amor! Parece que você nunca mais vai se recuperar. Você só pensa naquela pessoa porque apesar dela te fazer tão mal você tem um vínculo doentio com ela, de dependência afetiva. Você sabe que ela te faz mal mas você não sabe viver sem ela.
Aí você começa a dar passos… A primeira semana é horrível, você sofre, você chora, você não pode ouvir a música, você não pode sentir o cheiro, você não pode ver aquele pedacinho de ‘não sei o que’ que ele esqueceu lá na sua casa que tudo aquilo é terrível!
Mais de repente você começa a dar passos de libertação. É como se você estivesse andando na direção de uma terra que só vai te fazer bem e um mês depois aquele sofrimento ficou melhor. Dois meses depois aquele sofrimento melhora e de repente você não está nem mais lembrando! Claro que ainda existe ali um vínculo silencioso sendo desarmado porque a dependência afetiva ela não morre da noite pro dia.
É como se você fosse sufocando uma célula cancerosa com o processo da quimioterapia! Sabe? Que você vai retirando a vida da célula cancerosa que é a célula que nos mata!
Digamos que três meses depois você encontra de novo com aquela pessoa e você tem aquela famosa recaída… Aí pronto! O castelo que você estava construindo, o chão que você tinha andado, que tinha sido tão difícil, você joga fora e você volta para o Egito!
Você volta para a escravidão! Você faz o mesmo que os companheiros Moisés queriam fazer, voltar a comer a cebola! Voltar a comer o alimento podre, estragado. Aí você reata aquele relacionamento porque ele é doentio e você não cuidou da devida distância que você deveria manter. Porque quando você tem essa dependência afetiva, você tem que estabelecer a distância, porque senão, você não se cura!
Você tem que parar de querer saber da vida daquela pessoa, senão você não se cura!
Você precisa parar de ficar fuçando o Facebook dela, senão você não se cura!
Você precisa parar de ficar investigando a vida dela! Você tem que cessar todos os pontos que podem fazer querer voltar para o Egito!
Como esquecer um amor!
Então você nunca vai se libertar!
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Aí três meses depois, você está bela e formosa já! Matando a célula cancerígena! Você vai, da mais uns beijos na boca, volta aquela dependência horrorosa e o inferno retorna na sua vida!
Na sua primeira semana é até bom! Tá todo mundo voltando! Daqui a pouco, minha filha, você está no inferno pior que você estava três meses atrás! É sim!
Quando a gente não sabe viver o desconforto que nos edifica, a gente se boicota o tempo todo. É como parar de beber, é como parar de fumar… Você fica sem fumar há um ano e você comemora que você parou de jogar aquela toxina cancerígena em seu organismo e de repente você vai lá e acende um cigarro de bobeira… E aquele vício volta como se fosse um monstro capaz e de comer inteiro!
Pronto! Todo aquele sacrifício que você fez dos primeiros dias sem fumar vão pro saco por quê? Porque por que você não foi capaz de viver o desconforto de renunciar!
Minha gente! É impressionante como essa Mão de Deus nos auxilia sim! Nos fazendo conscientes do que precisamos romper na nossa vida! São situações que a gente precisa estabelecer limites para elas, porque senão a gente não vai ser curado nunca! A gente vai ficar eternamente doente na fila dos necessitados, chorando e mendigando um pãozinho de bondade do outro, um pãozinho de afeto do outro!
Pelo Amor de Deus! Nós não fomos feitos para isso! Nós não fomos feitos para ficar arrastando, dependentes afetivamente dos outros! A gente foi feito para amar e o amor só tem sentido na nossa vida se for para nos edificar, se for para nos ajudar a atravessar o desconforto do deserto, caso contrário ele não faz sentido!
Este pseudo amor, esse falso amor que às vezes a gente diz sentir um pelo outro, que não nos ajuda no desconforto do deserto! Eu preciso viver os meus desertos, você precisa viver os seus e os verdadeiros amigos são aqueles que reconhecem os desertos que o outro precisa passar e fala: -isso mesmo! Vamos passar por esse deserto porque você precisa dele!
Agora, a Poliana, ela quer aquela vida feliz, ordenada. Lembra daquela personagem? A Poliana? Onde tudo era o jogo do contente, né? Para com isso! Assassine esse instinto infantil que existe dentro de você, que lhe faz ter medo dos desconfortos da vida.
O desconforto da vida, quando bem vivido, ele só nos torna melhores!
Tira essa máscara de coitadinha que você gruda na sua cara para os outros terem eternamente pena de você! Você só perde tempo na vida assim! Que bobagem! Deus nos segura na nossa mão é para gente ter condições de atravessar esse deserto! Não é para ficar recaindo eternamente, voltar a comer as cebolas do Egito, porque a gente teve dó de nós, porque a gente teve dó do outro, não! A caminhada é para frente que se vai!
E chega o momento quando Moisés chega diante de Deus e fala “agora você resolve essa situação porque eu não sei mais o que fazer, já construíram um bezerro de ouro no meio do caminho, já arrumaram confusão, já estão adorando até outras situações e não estão nem lembrando que o Senhor existe e só não voltam porque já está longe demais”, mas retornam de outra maneira, não retornam na geografia, sabe? Eles não voltam geograficamente porque estava longe já do Egito! Eles morreriam no meio do caminho, mas não voltavam geograficamente, mas voltavam afetivamente…
Porque às vezes a gente já ultrapassou o território da nossa escravidão física. “Eu já saí da cadeia, mas a cadeia não saiu de mim”. É assim que funciona! Eu já dei os passos na direção da minha liberdade, mas eu não fiz a conquista da minha liberdade!
Eu não decretei a conquista da minha liberdade, então eu fico afetivamente preso ao meu passado, lamentando as cebolas do Egito. Lamentando o namoro que terminou, a situação terminada, a amizade foi traída…
Então quando Moisés está diante do Mar Vermelho e ele fica apavorado porque agora não tinha mais para onde ir… Ou atravessava o mar, ou voltava para o Egito, e o exército do faraó já estava chegando para capturá-los. O que ele faz? Ele tem uma reunião particular com o Senhor! Uma audiência particular de urgência, liga lá para o secretário de Deus e fala “pelo amor de Deus, pede para Ele me atender hoje eu não posso mais ficar sem essa resposta, o exército faraó está chegando”.
E aí, ele acha que Deus iria dar uma resposta fácil para ele, ia dar uma solução rápida! Não! O que Deus fala? Corre! Entra nessa água!
Olha que frase forte! — Diga ao povo que caminhe! Eu não vou fazer por vocês o que só vocês podem fazer! Eu vou dar todas as graças para que um milagre aconteça! Eu vou fortalecer a coragem de vocês, mas se não colocar o pé na água, senão desafiar esse mar, ele não se abre!
Foi o que o povo fez! Moisés à frente, certamente cheio de medo também, né? “Ai meu Pai de Misericórdia! O que vai acontecer agora?”
Quando ele começou a entrar, a colocar os pés na água, Deus faz a Sua parte!
Minha gente! A nós nem importa se isso aconteceu dessa maneira mesmo, a nós interessa é que Deus faz diariamente na isso na nossa vida! Sempre que eu me encorajo a vencer os mares que me desafiam, eu estou exercendo o cuidado de Deus na minha vida. Sempre que eu me encorajo a colocar o pé no mar que me ameaça, eu estou cumprindo a parte da promessa de que Ele estará sempre ao meu lado!
Você faz o mesmo!
Sempre que você desafia os seus mares. Sempre que você enfrenta os seus desconfortos. Quando você não tem medo do desconforto que lhe chega, quando você olha para ele de frente, você fala “e agora? O que nós vamos fazer a partir desse momento? O que você me traz de bom? A que você está me desafiando? Eu vou aqui recrutar as minhas melhores partes porque só isso me interessa!”
Se o desconforto me chega, eu preciso atravessar esse deserto para saber, para poder alcançar essa parte da terra prometida que me espera! É assim que funciona! Não há uma fórmula mágica para a vida, ainda que a gente não acreditasse em Deus, nós teríamos de viver os desconfortos que nos fazem crescer… Ainda quem não crê em Deus, precisa enfrentar os desconfortos de sua história, sua existência.
Agora, é claro que quando a gente acredita em Deus, quando nós creditamos de que existe alguém superior a nós, nos capacitando para a gente fazer a travessia, um conforto a mais nos é oferecido. Por isso, baseados na experiência desse conforto que eu já fiz, que você já fez, em muitos momentos quando essa Mão de Deus cuidou de nós e que a gente dá continuidade ao processo de caminhada, de enfrentamento. É enfrentamento, a palavra é essa! Se a gente não vive os enfrentamentos diários dos nossos desertos, dos nossos conflitos, dos nossos medos, a gente nunca vai chegar ao conhecimento da terra que Ele nos preparou!”
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Beijos e até a próxima!